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a imagem como ausência

O ponto de partida para esta criação é o da tela em branco, o espaço de acontecimento que está prestes a ser preenchido. Como um pintor que inicia sua obra com uma primeira marca de tinta sobre o quadro, a dança aqui vem do impulso interno vital, do movimento do corpo.
O desejo de promover reflexões sobre espaços vazios na construção de imagens teve início com a discussão sobre a qualidade das sensações proposta por Alberto Manguel, em seu livro “Lendo Imagens”, e se intensificou a partir do contato com as obras do pintor Jackson Pollock, conhecido por subverter o suporte e permitir a queda da tinta com a tela esticada no chão.
Estimulada pela ação de ‘pintar pintando’, percorrida pela forma, pela cor, pela abstração e sua capacidade de tornar-se movimento, a composição foi se constituindo com a urgência e o imediatismo de dançar. ‘Escorrer’, ‘respingar’, ‘(des)manchar’, ‘(des)controlar’ são alguns verbos de ação que serviram como mote para criar uma série de pequenas improvisações. A Imagem como Ausência propõe refletir sobre a presença do que não é necessariamente visto ou dito, num espaço em que o corpo se constitui pela sua própria ação e busca seu modo de fazer dança.

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Obra criada em 2013 com apoio do Edital Proac de Primeiras Obras de Criação em Temporada de Dança.

*A estreia foi um dos destaques do ano indicados pelo Jornal O Estado de São Paulo, na retrospectiva da crítica de dança Helena Katz.

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Ficha Técnica

Criação e Interpretação: Marcus Moreno
Orientação Artística: Key Sawao
Figurino: Thais Franco
Luz: Calu Zabel
Espaço Cênico: Marcus Moreno
Fotos: Silvia Machado
Música: Movimentos da Suíte em Sol Maior de Bach
Design Gráfico: Paula Viana

Registro em Vídeo: Doctela
Produção Executiva: Cristiane Klein

Direção de Produção: Dionísio Produção

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